O trabalho e as emoções
No início do século XX, a maioria das organizações ainda consideravam os problemas que surgiam nas empresas como problemas técnicos, e achavam insignificante a importância de se preocupar com o equilíbrio emocional, considerando que o sucesso para os negócios seria exatamente o oposto, separar a emoção da razão. Posteriormente essa “visão técnica” começou a perder força, através da teoria organizacional que desenvolveu o conceito de que os funcionários são pessoas com necessidades complexas, e que essas pessoas atuam melhor e com maior eficácia quando suas necessidades são satisfeitas. “Separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil. Aliás, pensar nesse sentido é uma perda de tempo. Assim, as pessoas dependem das organizações as quais trabalham para atingir seus objetivos pessoais e individuais. Por outro lado, as organizações não viveriam sem as pessoas para operar, produzir seus bens e serviços, atender seus clientes, competir nos mercados e atingir seus objetivos e metas globais e estratégicos.” (Chiavenato, 2004: 5) “A ideia de integrar as necessidades individuais e organizacionais tornou-se uma poderosa força. Psicólogos organizacionais, como Chris Argyris, Frederick Herzberg e Douglas McGregor, começam a mostrar como as estruturas burocráticas, estilos de liderança e a organização de trabalho de maneira geral poderiam ser modificados para criar cargos “enriquecidos” e motivadores”. (Garet, 1996: 45)
“Essas ações tinham como objetivo, fazer com que os trabalhadores sentissem-se mais úteis e importantes, bem como dando-lhes mais autonomia, responsabilidade e reconhecimento. O desenvolvimento dessas idéias ensejou ao que hoje chamamos de Administração de Recursos Humanos.” (Garet, 1996: 46)
Para que uma organização tenha um bom funcionamento, é essencial dar ênfase ao domínio das tensões psicológicas. De forma que seus supervisores e gestores tenham a capacidade de compreender os limites e as adversidades do ser humano.