o trabalho nas obras do modernismo brasileiro
Fez crítica de artes plásticas-pintura, escultura, arquitetura, de música popular e erudita; teatro e literatura, de forma sistemática e praticamente durante toda a sua trajetória .
Em 1941, na sua conferência “O Movimento Modernista”, faz um importante balanço de um período da vida cultural brasileira, do qual foi um dos mais ativos e completos promotores.
Na São Paulo dos anos vinte, enriquecida pela monocultura do café e por todas as atividades especulativas que se desenvolviam em torno dela-‘ paraíso dos miliardários’,nas palavras de Blaise Cendrars- uma emergente indústria do lazer com todas as novidades tecnológicas levava diversão às massas da metrópole.Proliferam os salões de dança,agora servidos por vitrolas.
Os antiquados gramofones estavam associados às audições privadas , no recesso do lar. Através deles a indústria cultural veiculava a música erudita- principalmente européia- dos barítonos, sopranos das árias de óperas em voga no início do século.
Mas as vitrolas trouxeram os discos e as bandas e cantores norte-americanos, com novos ritmos como o fox-trot,ragtime e jazz.
A invasão desses ritmos frenéticos encontra em São Paulo terreno fértil e uma massa humana ávida por música dançante.
Ao lado da vitrola, outra conquista da tecnologia anima o desejo de diversão dos paulistas: o cinematógrafo.
Competindo com o popular teatro do início do século, as salas que exibem filmes brotam em cada quadra do centro da cidade.
Junto com os filmes cresce a demanda por revistas. Cresce um verdadeiro culto às imagens e aos heróis cinematográficos, tornados familiares pelas eficientes técnicas de propaganda dos grandes estúdios norte-americanos.
As conquistas destes tempos de modernidade-o automóvel, o telefone, a luz elétrica e o aeroplano, fazem com que o espaço urbano fique saturado de coisas novas, sempre em movimento, que tornam a vida acelerada e renovam a cada