O Trabalho dos Assistentes Sociais nas organizações privadas não lucrativas
O Estado passou por um momento peculiar de crise econômica desde a década de 1980, causando um grande impacto na economia política. Essa década se caracterizou por períodos de estagnação e recessão econômica, queda do produto industrial, desemprego, más condições de trabalho entre outros. (ALENCAR, ) Neste contexto, fica então em “xeque o papel desempenhado pelo Estado na distribuição dos ganhos de produtividade, das relações entre o capital e o trabalho etc.” (ALENCAR, ,p.4) Portanto, as políticas voltadas para o pleno emprego, o Estado de bem-estar, distribuição de renda etc., tornam-se coisas difíceis de acontecer. Com isso, acontece a quebra do pacto Welfare State ou Estado de bem-estar no qual o Estado é organizador da política e da economia, encarregando-se da promoção e defesa social. O Estado atua ao lado de sindicatos e empresas privadas, atendendo às características de cada país, com o intuito de garantir serviços públicos como saúde, educação, habitação, renda e seguridade social e proteção à população. (INFOESCOLA) Na passagem do período da década de 1980 para a de 1990, sob a nova ordem do neoliberalismo, o estado foi forçada largar as obrigações públicas de proteção e garantia dos direitos sociais que estavam legitimadas na Constituição de 1988, conquistadas por muitas lutas sociais. (AMARAL e CESAR, ) Dado isso o Estado, então passa por um processo de redefinição, um processo desresponsabilização que diminuirá as suas ações de políticas sociais, no que cerne nos direitos de toda a população. Neste ponto, entra a autorresponsabilização da sociedade civil, ou seja, é transferida uma considerável parcela de serviços sociais, que antes era realizado pelo Estado, para a sociedade civil, sob um discurso ideológico da “autonomia”, “solidariedade”, “parceria” e “democracia”. (ALENCAR, ) A sociedade civil é definida de acordo com Raichelis(