A escola, ao definir o trabalho com Orientao Sexual como uma de suas competncias, o incluir no seu projeto educativo. Isso implica uma definio clara dos princpios que devero nortear o trabalho de Orientao Sexual e sua clara explicitao para toda a comunidade escolar envolvida no processo educativo dos alunos. Esses princpios determinaro desde a postura diante das questes relacionadas sexualidade e suas manifestaes na escola, at a escolha de contedos a serem trabalhados junto aos alunos. A coerncia entre os princpios adotados e a prtica cotidiana da escola dever pautar todo o trabalho. Para garantir essa coerncia, ao tratar de tema associado to grande multiplicidade de valores, a escola precisa estar consciente da necessidade de abrir um espao para reflexo como parte do processo de formao permanente de todos os envolvidos no processo educativo. A sexualidade primeiramente abordada no espao privado, por meio das relaes familiares. Assim, de forma explcita ou implcita, so transmitidos os valores que cada famlia adota como seus e espera que as crianas e os adolescentes assumam. De forma diferente, cabe escola abordar os diversos pontos de vista, valores e crenas existentes na sociedade para auxiliar o aluno a construir um ponto de auto referncia por meio da reflexo. Nesse sentido, o trabalho realizado pela escola, denominado aqui Orientao Sexual3, no substitui nem concorre com a funo da famlia, mas a complementa. Constitui um processo formal e sistematizado que acontece dentro da instituio escolar, exige planejamento e prope uma interveno por parte dos profissionais da educao. O trabalho de Orientao Sexual na escola se faz problematizando, questionando e ampliando o leque de conhecimentos e de opes para que o prprio aluno escolha seu caminho. A Orientao Sexual aqui proposta no pretende ser diretiva e est circunscrita ao mbito pedaggico e coletivo, no tendo, portanto, carter de aconselhamento individual nem psicoteraputico. Isso quer dizer que as diferentes temticas