O trabalho da Enfermagem aos portadores de Hanseníase

O trabalho da Enfermagem aos portadores de Hanseníase

Autora: SEKO. Viviane Miyuki *
Orientadora: SOUZA. Silvania Maria de **

A Hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen que foi descrito por Amauer Gerhard em 1873, como a primeira bactéria patógena para o Homem1. É uma doença infectocontagiosa que passa de uma pessoa para a outra através de secreções das vias aéreas superiores ou por gotículas de saliva. Embora seja uma doença basicamente cutânea, pode afetar os nervos periféricos, os olhos e, eventualmente, alguns outros órgãos2. A maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não adoece. Entre as que adoecem, muitas desenvolvem poucas manchas, com poucos bacilos (paucibacilar), já outras apresentam a forma mais grave, com muitos bacilos (multibacilar). A doença pode apresentar quatro formas clínicas: indeterminada, dimorfa, tuberculóide e virchowiana. Hanseníase tem cura e, se tratada nos estágios iniciais, não deixa seqüelas. Na primeira dose do tratamento, 99% dos bacilos são eliminados e não há mais chances de contaminação. O tratamento será 100% eficiente se for levado a sério do começo ao fim. Todos os medicamentos devem ser distribuídos pela rede pública de saúde3. Por isso mesmo não há mais razão para estigmas ou exclusão social. De toda forma, é recomendável evitar o uso do termo “lepra”, devido a sua alta carga de preconceito. Segundo a OMS, nosso país é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, foi assinado pelo governo brasileiro um termo de compromisso mundial, se comprometendo a eliminar esta doença até 2010. Entretanto, a cada ano, há mais de quarenta mil novos casos tendo, entre eles, vários indivíduos em situação de deformidade irreversível4. A Enfermagem pode trabalhar em vários setores na assistência ao portador de Hanseníase, tendo participação em áreas como: a prevenção da hanseníase, a busca e o diagnóstico dos casos, tratamento e seguimento dos pacientes,