O Trabalho Compulsório na Antiguidade, de Ciro Flamarion Cardoso
São Paulo
2013
CARDOSO, Ciro F. O Trabalho Compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 3ª ed., 2003, pg. 15 – 71.
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O autor descreve as formas de trabalho compulsório na antiguidade, assim, descreva como eram esses tipos de trabalho em cada uma das civilizações citadas no texto, colocando diferenças e semelhanças entre elas.
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Ciro Flamarion Cardoso adota o conceito de W. Kloosterboer para definir trabalho compulsório: “aquele trabalho para o qual o trabalhador tiver sido recrutado sem seu consentimento voluntário; e/ou do qual não se puder retirar se assim o desejar, sem ficar sujeito à possibilidade de uma punição”.
Egito
Falando sobre o Egito, o autor destaca três categorias de trabalhadores: o trabalhador “livre”, o camponês e o escravo.
É importante lembrar que na sociedade egípcia não havia a dualidade tradicional de outras civilizações: “livres” e “escravos”. Havia sim uma classificação social que se estabelecia segundo uma escala de privilégios decrescentes e, ao mesmo tempo, de crescente dependência.
Sobre o trabalhador “livre”, Ciro destaca uma citação de outro autor, J. Chadwick, que diz: “é difícil afirmar que qualquer homem, a não ser o rei, seja verdadeiramente livre”.
Essa citação diz respeito à sociedade egípcia, onde todos, exceto o rei, de alguma forma prestavam algum tipo de trabalho compulsório. Para demonstrar isso, cita o caso da corvéia real, da qual nem os sacerdotes e nem os mais ricos estavam de fato livres, exceto por um decreto de isenção. Cita também o caso dos construtores de tumbas para os faraós, categoria que gozava de enorme prestígio devido à qualificação do seu trabalho, mas que, mesmo assim, eram obrigados a viver em verdadeiros povoados-prisões, tendo sua “liberdade” constantemente vigiada.
Nesse sentido,