O trabalho como definidor da caracterização do ser humano
Logo, o trabalho constitui-se como categoria intermediária que possibilita o salto ontológico das formas pré-humanas para o ser social e se caracteriza como o centro do processo de humanização do homem.
Assim sendo, na nossa sociedade capitalista, os homens produzem historicamente sua existência através do trabalho (MARX, 2002). Para que isso aconteça, através do trabalho que eles executam e também de acordo com sua história, eles são divididos socialmente entre duas classes que apresentam interesses antagônicos.
Uma classe é a dos proprietários dos meios de produção, ou seja, dos capitalistas, e a outra é a dos possuidores apenas de sua força de trabalho, que são os proletários. A relação entre ambas expressa uma notável relação de desigualdade social e econômica. Como exemplo dessa afirmação, têm-se dois fenômenos: o primeiro é que o trabalhador proletário trabalha sobre o controle do capitalista e o segundo é que o produto produzido diretamente pelo proletário não é propriedade dele, mas sim dos capitalistas (ANTUNES, 2002).
Por conseguinte, o resultado final do trabalho não pertence ao trabalhador; o trabalho então tem caráter exterior ao do trabalhador. Essa é então, uma manifestação de alienação. Para o trabalhador proletário, o trabalho é algo penoso, que o remete ao sacrifício.
Assim, as condições que regem o capitalismo e determinam o processo de trabalho causam a alienação do trabalhador. Consequentemente, o proletário não consegue se reconhecer enquanto sujeito do produto do seu trabalho, pois ele não decide nem mesmo sobre o que, como, para que e para quem produzir.
Destarte, o capitalismo se nutre fundamentalmente da exploração dos trabalhadores. Em