O TRABALHO CIENTÍFICO NA BUSCA DE SOLUÇÃO
No quarto capítulo trata-se do estabelecimento da ordem, o autor faz um questionamento intrigante, ao afirmar que "o homem foi capaz de manipular as estrelas, os planetas e os satélites". A manipulação, nesse sentido, ocorre no plano da imaginação, quando o cientista analisa uma questão a partir de um modelo. Nessa linha de raciocínio, o modelo representa um artefato construído de conceitos e que nos permite imaginar o que deve ocorrer sob certas condições. Utilizando várias situações ilustrativas, o autor conclui que as mudanças de modelo são necessárias para a compreensão do problema e ressalta que o progresso da ciência depende da ocorrência de anomalias, as quais forçam o trabalho científico na busca de solução. Quando nós pensamos ou nos perguntamos sobre algo, existe alguma coisa errada, pois se não existisse você não teria se perguntado, isso que os cientistas fazem para aprimorar suas hipóteses e teorias.
O quinto capítulo propõe formas para se decodificar mensagens cifradas, existentes em coisas aparentemente insignificantes e cujo sentido são um desafio à razão, à inteligência e à persistência do homem. Segundo o autor, a decifração requer uso de chaves que, uma vez identificadas, permitem conhecer o que se pretende. Aqui, o conceito do termo teleológico é introduzido para explicar a importância da finalidade da descoberta do sentido das coisas, pelo uso da pergunta "para quê?". Rubem Alves nos leva a uma reflexão mais profunda, envolvendo o propósito da própria criação máxima de Deus, através das afirmações de Galileu. O autor nos mostra a importância da experimentação para as hipóteses dos cientistas, “na experimentação o pesquisador, ao invés de ficar esperando que as coisas aconteçam, faz com que elas aconteçam quantas vezes quiser, quando quiser e sob as condições que desejar.” Ao fim do capítulo o autor revela como decifrar o código que ele mesmo apresentou no começo desse capítulo, o código foi feito