O terceiro setor no contexto das políticas neoliberais
O TERCEIRO SETOR NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS NEOLIBERAIS
Primeiramente, como o próprio Carlos Montaño apresenta, deve-se ter o entendimento do real significado da terminologia “Terceiro Setor” e qual é sua significância no contexto do seu surgimento. Sabe-se que o termo, baseado nas concepções de Gramsci, foi elaborado com a intenção de diferenciar as composições da sociedade, pondo-as em esferas específicas. Sendo: O Primeiro Setor é o Estado, ou seja, a área política. O Segundo Setor é o Mercado, a área econômica. E o Terceiro Setor, a Sociedade Civil na sua totalidade, o Social. O terceiro Setor se fortaleceu dentro de um contexto histórico específico, logo após a desestruturação econômica. Na década de 1970, devido ao aumento excessivo do preço do petróleo ocorre a crise econômica, a qual estimula a linha de raciocínio da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, que tinha a pretensão de por em prática a nova metodologia econômica, crendo ser a solução da crise que atingiu a economia mundial em 1973. De acordo com Thalita Bellieny Pinto: Em 1947, os neoliberais fundaram a sociedade de Mont’ Pelerin composta por adversários do Estado de bem-estar social europeu e do ‘New Deal’ americano, com intuito de combater o Keynesianismo e o socialismo, e criar outro tipo de capitalismo, livres de regras. Eles ‘argumentavam que a desigualdade era um valor positivo’. [1]
A política Neoliberal surge desta “Escola”, esta se baseia em um sistema político e econômico onde o estado não teria tanta força de atuação, sua metodologia alicerça-se na suposição da capacidade do comércio de se autogerir. Teoricamente possibilitaria o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. Sabe-se que foi em 1979, após a ascensão de Margaret Thatcher ao governo da Inglaterra e o do Ronald Reagan nos EUA em 1980, que o sistema neoliberal foi implantado acentuadamente. Ao ponto de influenciar