O Tempo de Lazer
(resumo da apostila) As práticas sociais individuais ou coletivas e as atividades que resultam da interação social produzem o chamado “tempo social total”. Neste tempo social acontecem e se desenvolvem definidamente novos e distintos espaços temporais, provenientes do quotidiano de cada pessoa e do próprio meio onde se insere. Estes espaços temporais são completamente opostos e denominam-se de tempo de trabalho e tempo de não trabalho ou tempo livre absoluto pós laboral.
Este tempo livre que serve para fazer outras coisas ou para não fazer rigorosamente nada já provinha da Antiguidade. É conhecida a ociosidade que reinava na Antiga Grécia, dedicada à prática da filosofia, das artes e dos desportos. Nas sociedades pré-industriais já apareciam, ocasionalmente, algumas castas ociosas, paralelamente com as grandes massas humanas que trabalhavam e que apenas desfrutavam do tempo livre quando não existia condições de trabalho. O séc. XIX foi o berço das primeiras sociedades industriais e com elas apareceu uma enorme e esmagadora pressão de trabalho sobre o Homem, não lhe deixando sequer tempo para recobrar as suas forças. No século passado, assistiu-se a lutas intensas pela redução do horário de trabalho e pelo aumento de períodos de não trabalho, quer de descanso diário, quer semanal, como também a consagração do direito a férias. Tais conquistas proporcionaram ao indivíduo um aumento do seu tempo livre, onde ele pode desempenhar diversas atividades que digam respeito a ele próprio, ao grupo ou sociedade onde ele pertence e se insere como membro ativo.
Relação homem e trabalho Ao ser contemplado como um dos princípios fundamentais, a dignidade da pessoa humana por ser um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito condiciona que é o Estado que vive em função da pessoa humana e não o inverso.
O Direito do Trabalho surgiu da necessidade de garantir o mínimo de dignidade ao trabalhador frente ao estado de dominação daquele que detém os