O Tema Justiça em Foucault
Todo o ser humano é essencialmente distinto na sua interioridade e subjetividade, pois a sua formação sócio-política se deu de diferentes formas, todavia que a formação primaria de cada um não se deu da mesma forma. Ademais, é importante analisar que os termos justiça e igualdade estão intrinsicamente correlacionados, pois um dos pressupostos para que haja igualdade é que todas as pessoas na sua singularidade e especificidade que é inerente a cada um de nós, tenha a justiça que preencha as suas necessidades em especifico.O tema justiça no pensamento de Foucault é multifacetado, no entanto, há duas perspectivas diferentes que vale destacar. Pois as mesmas se contradizem no que se ferem quanto a forma de distribuição de justiça e também com o conteúdo da mesma.
Faz-se mister indagar, que a primeira concepção permite analisar a noção de justiça como sendo uma prática institucional, quer seja essa organizada no seio de um aparelho burocrático estatal, quer seja por práticas de grupos ou indivíduos não completamente relacionados por uma máquina burocrática, estabelecendo-se assim, como práticas de cunho essencialmente popular, visto que todo o trabalho de Foucault a respeito da justiça está pautado na distribuição equitativa da justiça. No entanto, há de se observar que para essa disseminação equitativa, igualitária da justiça ocorra, todos os estratos sociais, quer sejam eles ricos ou pobres devem ter acesso a igual justiça, sem levar em consideração a opulência de cada classe, e tão somente levar em consideração o princípio da dignidade da pessoa humana. A segunda perspectiva é, sobretudo, encontrar o sentido se justiça com valor que exigirá o confronto das analises sobre os mecanismos, que juntamente com as formações discursivas, constituem o embrião das relações entre os indivíduos na sociedade moderna.
Afirma Foucault, em UNE MORT INACCEPTABLE, que justiça é como uma prática ligada ao aparelho do Estado e que “ O Estado, a