O TEATRO

Eu sou você amanhã
Esquete de dois atos autoria – Joana Luiza
I ATO

Cena – um sala com mesas e cadeiras, tapetes etc.

CARLOS – (Entra de chapéu na cabeça, usando esporas com trajes de vaqueiro, senta na mesa e chama a sua esposa:) Julia tras um café ai pra mim
JULIA – (entra trazendo o café) Oi meu marido ta muito cansado?
CARLOS – Muito, os bois hoje debandaram pra terras do vizinho e eu tive que ir atrás. Deram um trabalho danado!
JULIA – É assim mesmo, enquanto você fica pelejando com estas vacas pra por comida em casa seu pai fica ai so na mordomia, já to ficando cansada com isto.
CARLOS – Calma Julia, ele é meu pai e não ta fazendo nada.
(A Julia as e vai buscar os pratos para arrumar a mesa para o almoço)
Seu MANOEL – ( é um velhinho que anda já encurvado pela idade, entra andando bem devagarinho) Oi meu filho, já veio da lida?
(entra o Junior, neto de 8 anos do Sr. Manuel, senta na cadeira e fica ouvindo a conversa
CARLOS – Já meu pai e o sr como está?
Sr. MANUEL – ( senta em uma cadeira) Há meu filho não to muito bem não, minhas pernas estão cada vez mais fracas. Os anos que passei tocando boiadas me deixou muito cansado e doente , afinal são 50 anos em cima de um cavalo.
CARLOS – Pois é Pai, trabalhou tanto e hoje ta ai doente e velho, só dando trabalho.
Sr. MANUEL - ( coloca a mão no rosto) Ho! meu filho sinto muito por estar te dando trabalho e despesas, gostaria de ainda ter saúde pra te ajudar mas meu corpo não me ajuda, já to ficando velho mesmo. Mas o importante é que eu consegui criar você bem , mandei pra escola e pra faculdade. Hoje você é um Dr. em Agronomia e ganha dinheiro e pode tratar bem de sua família. Não me arrependo de ter trabalhado tanto pra que você se tornasse alguém.
CARLOS – É pai, mas não é porque o senhor meu educação que eu tenho agora que te aguentar. A Julia fica me perturbando porque o senhor não ajuda em nada. Afinal o Sr não fez mais que sua obrigação de pai.
JUNIOR – Pai, não fala assim