O Sétimo Selo
O Sétimo Selo revela um filme em preto e branco sobre a busca infinita pelo sentido em um mundo caótico: o mundo do século XIII, devastado pela Peste Negra.
Antonius Block (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra sua vila destruída pela doença.
No filme, a Morte se apresenta, de maneira personificada, ao protagonista (Antonius Block), informando-lhe de seu fim. Mas Block se recusa a morrer sem ter entendido o sentido da vida. Propõe então um jogo de xadrez, e, enquanto o jogo entre ambos durar ele viverá.
O jogo de xadrez apresenta um caráter medieval, assemelhando-se a uma batalha entre reinos e, no filme, representa uma luta entre a vida e a morte. Ao perceber a impossibilidade de derrotá-la, angustia-se na busca de um sentido para sua vida. Durante esta procura, depara-se com o divino, representado por uma família de saltimbancos (Jof, Mia e o bebê) e com o profano (peste, bruxaria, traição, fome, roubo e guerra), os quais lhe oferecem momentos de reflexão sobre o seu conflito. O filme aborda a relação do homem com a morte. O personagem principal quando recebe o anúncio de que vai morrer passa a refletir sobre sua existência até então. Sem se sentir satisfeito com o que fez e com o que foi, procura algo que valide a sua existência no mundo. Teme o além morte, não sabe o que o espera, duvida da real existência de Deus e do Céu pregado pela Igreja.
Block toma quatro pessoas sob sua proteção: o ateu Squire Jons, os jovens Mia e Jof e seu bebê. Alguns críticos associam os nomes e a presença quase imune à morte do casal à Sagrada Família.
É neste encontro com essa família (Jof, Mia e o bebê) que acontece a primeira possibilidade real de uma resposta às suas perguntas. Block fica muito comovido por esta experiência. Pela primeira vez ele encontra o amor humano, a simplicidade, a fé. Além disso, a felicidade na leveza de uns morangos com leite fresco e na alegria daquela família simples o encantam e o fazem valorizar as pequenas