O século xx, o tempo das crises; revolução, fascismo e guerras,
O século XX; O tempo das crises
Revolução, fascismo e guerras.
Os fascimos. Francisco Carlos Teixeira da Silva.
No obra “O século XX, O tempo das crises; Revolução, fascismo e guerras, organizada por Daniel Aarão Reis Filho, Jorge Ferreira e Celeste Zenha. O segundo tema, Os fascismos, é tratado no texto de Francisco Carlos Teixeira da Silva, professor titular de História Moderna e Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em seu texto o autor chama a atenção em um primeiro momento para a dificuldade do historiador do tempo presente ao voltar-se para um objeto de estudo como o fascismo. A abordagem do autor tem a preocupação em estabelecer uma análise que transcende a historiografia do período pós guerra, vinculado a fragmentação da análise deste fenômeno e as diversas narrativas descritivas, onde o fascismo aparece vinculado e associado exclusivamente a história da Alemanha, sendo que o fascismo denominado como o conjunto de movimentos e regimes de extrema direita que denominou grande número de países europeus, tais quais Itália (chamado de fascismo padrão), Alemanha (chamado de fascismo radical), Hungria, Espanha, França de Vichy, desde o início dos anos 20 até 1945.
Tais abordagens construídas no pós guerra, trazem consigo um ferrenho caráter ideológico (direcionando o olhar apenas para a Alemanha), pois no contexto da guerra fria travava-se uma batalha significativamente ideológica, no qual culpabilizar um conjunto muito amplo de países poderia afastar as antigas elites do poder e favorecer a sovietizarão de alguns países. Tal direcionamento de olhar acabaria por colaborar para um afastamento e ao mesmo tempo que colaboraria para um esquecimento de algumas atrocidades ocorridas fora dos territórios legitimados como fascistas. Assim, a historiografia Ocidental, focada em uma cupabilização restritiva ao Hitlerismo, deixando escapar pontos significativos deste fenômeno fora da Europa.
De acordo com Wolfgang Schieder, expoente da