O sus que temos e o sus que queremos
O SUS QUE TEMOS E O SUS QUE QUEREMOS
O SUS realmente seria um sistema público de saúde modelo se a realidade do sistema estivesse condizente com a proposta do movimento sanitário, com o SUS constitucional. Contudo, como o texto “A crise da saúde no Rio de Janeiro” nos relata, a realidade é outra. Os níveis de governo “jogam a culpa” de um para o outro, deixando de investir, de compartilhar responsabilidade, de pensar na saúde como algo a ser pensado com prioridade, e não deixados para quando vir à tona as deficiências, quando denunciarem, aí sim, vai mobilizar para resolver a determinada questão. A cada dia vemos a falência dos serviços públicos de saúde, não somente no caso do Rio de Janeiro, mas em todo o país, a marca forte do clientelismo, evidenciando ainda mais que a proposição do SUS inscrita na Constituição de 1988 de um sistema público universal não vêm se efetivando e nem vêm andando por rumos diferentes. O SUS foi se consolidando como espaço destinado aos que não têm acesso aos subsistemas privados, onde os serviços são melhores, são mais “confiáveis e garantidos”. Quando o autor diz sobre o direito de prescrever medicamentos e tratamentos caros, realmente, os médicos que atendem pelo SUS, em sua maioria, prescrevem medicamentos genéricos e já os que atendem em setores privados prescrevem medicamentos “mais caros”, já subentendem que os atendidos pelo SUS não podem pagar pelos mais caros, já os que procuram os serviços privados, teriam mais condições.
Não acredito, como o autor diz, que “todo atendimento deve ser pago” que teríamos mais recursos se “tivessem alguma participação” , porque o art. 2º da Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990 diz:” A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.”, desse modo as palavras fundamental e Estado já nos remetem a entender que o sistema de saúde público deve ser provido pelo ESTADO, se tivermos que