O SURGIMENTO DA FILOSOFIA NA GRÉCIA ANTIGA

O pensamento mítico era a forma que os gregos usavam na antiguidade para explicar os fenômenos naturais e aspectos da realidade. Porém, a mitologia baseia-se no sobrenatural, no inexplicável, que fica fora da compreensão humana, ou seja, o esclarecimento era feito por fenômenos não esclarecidos. O mito era usado como a única explicação para os acontecimentos da realidade. Fazia parte da cultura do povo crer no mito e não havia possibilidade de discussão dele, porém havia quem não visse sentido na mitologia, mas essas pessoas não tinham outra teoria.
A partir disso, de acordo com Aristóteles, Tales de Mileto, com a Escola de Mileto, inicia a corrente do pensamento filosófico-científico, buscando a explicação do mundo real no próprio mundo real. O contexto dessa mudança é o surgimento das cidades-Estado, nas quais a dedicação dos cidadãos era voltada para as práticas políticas e comerciais, reduzindo assim o papel da religião no pensamento das pessoas. Além disso, também há o encontro de culturas diferentes através dos portos das colônias gregas do Mediterrâneo oriental, relativizando os mitos.
O pensamento filosófico científico se dá pela busca de explicações que estão ao alcance do conhecimento humano para a realidade. Possui bases que afrontam o pensamento mítico. Tais essas sendo: A physis: que define o objeto de estudo dos primeiros filósofos-cientistas como o mundo natural e que demarca que o conhecimento deste está nele.
A causalidade: que visa relacionar fatos anteriores com seus efeitos, de forma regressiva. Mas para que o processo não se torne infinito, é preciso definir um ponto de partida.
A arqué: o princípio do estudo. Um elemento natural que englobe noções gerais para o início da explicação.
O cosmo: a ordem, princípios ou leis que regem a realidade, dando assim, vez para que os fenômenos possam ser explicados na teoria.
O logos: é o discurso racional, aquele que explica a teoria da realidade por elementos naturais.
O caráter crítico: