Em 1951 a festa Natalina foi marcada por uma manifestação inusitada onde lideres religiosos queimaram um boneco de Papai-Noel em frente as crianças de um orfanato. A manifestação seria para resaltar algumas referências bem antigas do período Natalino como o pinheiro, às luzes, a ceia. Tradições antigas, que não poderia cair no esquecimento. Na França o Papai- Noel era conveniente para o comercio, trocas de produtos que não funcionava mais suas necessidade. A queima simbólica do Papai-Noel marcava um inicio de equilíbrio entre a opinião publica e a religião. Onde os anteclericalestas teriam a chance de parecer defensores do Papai-Noel, formando assim um paradoxo nas motivações da igreja e dos anticlericalistas: enquanto a primeira seria racional por assumirem que o Papai-Noel é uma imagem pagã, a segunda defendia, os próprios interesses uma superstição. O Papai-Noel teria sido invenção dos adultos, tornando mais divindade do que lenda, pois à um período do ano em que prestamos uma espécie de culto a sua imagem. O autor ainda faz uma ligação curiosa, para mostra que o personagem tem um quê de divindade: as Katchina, dos índios do Sudoeste Norte-Americano, uma figura cultuada por eles todo ano para se evitar o rapto das crianças. Mas o Papai-Noel permaneceu intacto entre as gerações. Papai-Noel é uma figura benevolente, exigindo um bom comportamento anual da criança para que tenha seu reconhecimento em Dezembro. Sendo que os próprios criadores do Papai-Noel os adultos não acreditam nele fazendo assim um ritual de passagem, tornando assim um limbo para essa criança que ainda precisará alcançar alguns passos para ser considerado parte da sociedade.