O suicidio colectivo de jonestown

Tema: O suicídio colectivo de Jonestown

Introdução:
O massacre de Jonestown em 1978 ficou marcado pelo suicídio em massa dos cerca de 900 seguidores de uma seita denominada “Templo do Povo”, fundada pelo líder carismático Jim Jones e instalada na selva da Guiana . É no contexto deste acontecimento que o presente trabalho visa compreender as causas do suicídio colectivo dessa comunidade, assim como os antecedentes que levaram á formação dessa identidade comum.
Nesse efeito, tento também estabelecer a ligação do suicídio em causa com a teoria do suicídio de Émile Durkheim. Nesta directriz, analisarei então a caracterização do estagio do suicídio altruísta, sendo aquele que melhor se enquadra na atitude da seita em questão. Contudo as premissas do suicídio anómico de Durkheim também se identificam no comportamento do “Templo do Povo”, onde poderei fazer alguma analogias entre o acto suicida visto por esses dois prismas . Não obstante, poderei igualmente ter em conta certos contributos de Max Weber, sendo o mais direccionado para este trabalho a sua teoria do poder carismático, isto no objectivo de tentar clarificar inferências feitas sobre o estado de alienação da comunidade para com Jim Jones.
Estando os alvos para este trabalho estabelecidos, espero que este seja elaborado dentro de uma visão sociológica que compreenda a relação entre Jim Jones e os seus seguidores, o poder do fanatismo religioso/espiritual contraído dentro da seita e o que a levou a tomar tão inusitada atitude. Com isto pretende-se também comprovar a actualidade das perspectivas dos teóricos que irei abordar no âmbito sociológico.

Jim Jones, o líder da seita:
Para poder compreender o sucedido em Jonestown há que esclarecer a “formação” de Jim Jones enquanto líder. Considerado um pastor, ou reverendo mesmo antes da criação do Templo do Povo, este tinha uma ideologia religiosa bastante eclética, mas sem nenhuma formação teológica formal. Compreendia o evangelho no entanto dissipava-se das