o suco de laranja
Essa é a situação vivida pelos colhedores de laranja da região de Araraquara, a 273 quilômetros de São Paulo, responsável por 12% da produção paulista de laranja, segundo o Instituto de Economia Agrícola. A resistência dos trabalhadores começou há cerca de um mês na chamada Califórnia brasileira, em referência ao Estado norte-americano pela riqueza e diversidade econômica da região. Na última segunda-feira, um grupo de 160 trabalhadores da fazenda Fittipaldi Citrus (que pertence ao ex-piloto Emerson Fittipaldi), localizada em Araraquara, entrou em greve após descobrir irregularidades na contratação, feita pelo Condomínio Antônio Martinez e Outros, localizado em Catanduva.
Os colhedores de laranja foram contratados em 18 de junho por um período determinado, mas outro carimbo na carteira dá como cancelado esse contrato com a mesma data. Isto é, eles trabalharam três meses sem registro, o que não lhes dá direito a benefício algum, nem sequer ao seguro-desemprego. Além do acerto na carteira, eles querem ganhar mais pela caixa colhida: R$ 0,25.
Antônio Martinez, sócio do condomínio responsável pelas contratações na fazenda Fittipaldi, informa que seguiu instruções da Delegacia Regional do Trabalho de Catanduva e que as carteiras dos trabalhadores seriam recolhidas para serem corrigidas.
"Entendemos que, quando um contrato de trabalho determinado é cancelado, passa a valer o indeterminado", diz Martinez. Só que na carteira dos colhedores de laranja isso não está especificado.
A Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado de São Paulo e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araraquara solicitaram aos fiscais do