O som de bresson

Análise do som do filme " O Processo de Joana D'arc" filme de Robert Bresson
"Para saber qual é o negócio do som (ou da imagem).
- O que é para o olho não deve ser duplicado com o que é para o ouvido.
- Se o olho está totalmente conquistado, não dê nada ou quase nada ao ouvido (e vice-versa, se o ouvido está inteiramente conquistado, não dê nada ao olho). Ninguém pode ser, ao mesmo tempo, inteiramente olho e inteiramente ouvido.
- Quando um som pode substituir uma imagem, corte a imagem ou a neutralilze. O ouvido vai mais em direção ao interior, o olho, em direção ao exterior.
- Um som nunca deve vir em ajuda à imagem, nem uma imagem, em ajuda a um som.
- Se o som é complemento obrigatório de uma imagem, dê preponderância ao som ou à imagem. Se iguais, eles prejudicam ou matam um ao outro, como se diz sobre as cores.
- Imagem e som não deveriam nem devem apoiar um ao outro, mas devem trabalhar em turnos em uma espécie de revezamento.
- O olho solicitado solitariamente faz o ouvido impaciente, o ouvido solicitado solitariamente faz o ouvido impaciente. Use essas impaciências. Poder do cinematógrafo que apela aos sentidos em modos governáveis.
Contra a tática da velocidade, do ruído, aplique a tática da lentidão, do silêncio." (BRESSON, robert p.60)

Robert Bresson na teoria do cinematógrafo abrange o cinema de forma geral. Aborda a concepção das imagens, os meios para produzilas e seus objetivos, mas também da trilha e o uso do som . Este objetivo é quem determina o produto, a criação. O objetivo do cinematógrafo é "deixar o real dizer a verdade" (AUMONT 1942 p. 49). "Uma escrita com imagens em movimento e som"(BRESSON, 1975, p. 12) a lógica do cinematógrafo foge daquela do cinema que tenta causar sua expressão de forma imediata, mas pelo contrário procura aquela "mediata: cujos meios não se deixem ser esquecidos e não definitiva (mas constantemente deslocada, recolocada, contradita" (AUMONT, 1942 p. 50).
No que se refere ao caráter minimalista