O Sistema Aquífero Guarani no Estado de Santa Catarina
José Luiz Flores Machado1
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CPRM/Serviço Geológico do Brasil
Palavras-chave: Sistema Aquífero Guarani; potencialidade; qualidade
O Sistema Aquífero Guarani, um dos mais importantes aquíferos transfronteiriços do mundo, ocorre predominantemente da porção central para o oeste do estado de Santa Catarina, ocupando uma área aproximada de 49.200 km2. O Sistema Aquífero Guarani (SAG) aflora em uma faixa estreita na região correspondente à borda dos derrames vulcânicos de Santa Catarina, entre a região carbonífera no sudeste e o norte do estado. Ele é constituído por duas unidades hidroestratigráficas:
Botucatu e Piramboia. A Unidade Hidroestratigráfica Botucatu apresenta estreita área de exposição e pouca espessura na região de afloramento e os poços que aí captam a água subterrânea são sempre pouco produtivos (Machado, 2013). A pequena produtividade dos poços deve-se a vários fatores, dos quais se destaca a acentuada diagênese devida às variações climáticas. Como conseqüência da cimentação ferruginosa e silicosa, a condutividade hidráulica e a transmissividade do aquífero fica drasticamente reduzida. Outro fator determinante é a situação topo-estrutural desfavorável das camadas arenosas, com relevo muitas vezes escarpado, impróprio para o armazenamento e também a transmissão de águas subterrâneas. Quanto à qualidade das águas, geralmente a Unidade Hidroestratigráfica Botucatu apresenta baixos valores de salinidade, entre 50 e 150 mg/L, valores estes obtidos de poços escavados e fontes, devido à escassez de poços tubulares produtivos.
Em subsuperfície, o sistema aquífero alcança sua maior potencialidade. Os dados hidrogeológicos, hidrodinâmicos e hidráulicos não representam médias para o sistema aquífero, mas valores estimados de vazão, transmissividade, condutividade hidráulica e coeficiente de armazenamento.
As capacidades específicas variam de um mínimo de 0,11 m3/h/m e um máximo de