O silencio de ouro e a palavra de prata resenha
Considerações acerca do espaço da oralidade em educação para jovens e adultos.
Janine Fontes de Souza
Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Humanas e Tecnológicas.
Kátia Maria Santos Mota
Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação.
Resenha de Fabiane Paes.
Somos seres humanos constituídos pela força da linguagem, conversamos, lemos, escutamos nossos interlocutores, trocamos ideias, vemos televisão, ouvimos rádio, acessamos a internet, constituímo-nos socialmente pela linguagem. Pelo ato da fala conseguimos designar e qualificar as coisas, Geraldi (1984, p43) afirma que a linguagem é um a forma de interação e através dela o sujeito que fala pratica ações que não conseguiria praticar a não ser falando.. O que o autor fala faz muito sentido, pois, muitas ações do nosso cotidiano e só possível quando exercemos ato da fala. Na concepção de Bourdieu (1998) são construídas e criados pelas vezes que nele operam, ou seja, pelo habitus de cada grupo social durante o processo de formação do indivíduo, que é constituído de estruturas estruturadas a serem transformadas em estruturas estruturantes.Backtin retoma o conceito saussuriano do signo linguístico, reconhecendo a natureza eminentemente social da linguagem e critica excessivamente questões de langue e prioriza o direcionamento para parole. Segundo Bakhtin, o sujeito emerge do outro a partir da enunciação (interação verbal) e não do enunciado em si; os estudos do autor comungam com as ideias de Vygotsky (!989) ambos sustentam a argumentação de que a linguagem, historicamente determinada, produz sentidos a partir da interação, no interior da qual os interlocutores se constituem e são constituídos. A linguagem nas concepções de Bakhtin e Vygotsky torna-se lugar de interação de negociação de sentidos, de representação de papéis, da constituição de identidade. Essa dimensão social do discurso, manifestada pela fala