O significado da comunicação através da arquitetura para a vida social
Segundo Websters, comunicar-se é “prover conhecimento ou informação sobre, fazer conhecer”. Da mesma forma que a função de uma embalagem não está restrita ao abrigo de um produto, o papel da arquitetura não é somente providenciar abrigo para o ser humano, mas, atrair o olhar, seduzir, convencer e, principalmente, facilitar o acesso do mesmo através de informações que ela carrega consigo, ou seja, comunicar-se com as pessoas. Ao olharmos pela primeira vez para a fachada de um restaurante, padaria ou cafeteria, imediatamente formamos uma primeira impressão sobre o estabelecimento. Isso ocorre de maneira rápida e similar ao que fazemos quando julgamos uma pessoa pela sua aparência. Essa “primeira impressão” nos diz se o lugar é mais tranquilo ou animado; para um público mais jovem ou maduro; se é mais caro ou barato, etc. A comunicação através da arquitetura é o modo como uma construção tem de falar por si própria, sendo capaz de atrair determinado núcleo de pessoas e conduzi-las pelo seu interior até onde elas precisarem. É a forma como um edifício tem para se mostrar sem precisar que as pessoas o pesquisem profundamente, agilizando as atividades ali realizadas, o que é possível através do destaque de certas funcionalidades e do ocultamento de outras. Uma das formas como essa comunicação pode se dar é estabelecendo as áreas de circulação em seus variados graus (“público”, de serviço e restrito) e as áreas em que encontraremos determinados serviços (banheiros, saídas, salas de diretoria...). Tudo isso é feito através de uma linguagem arquitetônica (que inclusive pode tornar dispensável o uso da escrita), que se faz com a diferenciação de materiais, iluminação natural e artificial, texturas, dimensões e outros tipos de jogos com formas e materialidades. Essa comunicação é vital para o sucesso da edificação, pois possibilita a movimentação em seu interior de maneira mais ágil e precisa. Podemos