o significado arquitectonico e urbanismo
O trabalho do homem é feito sempre visando apropriar-se dos recursos oferecidos pela natureza e usufruí-los. O sistema de apropriação destes recursos varia consideravelmente no tempo e no espaço e depende da forma de propriedade dominante. Assim, nas sociedades primitivas a propriedade da terra e, conseqüentemente, dos seu frutos pertencia à comunidade e era explorada pelo conjunto de pessoas, pela comunidade, em benefício da mesma. Este tipo de organização social ainda é o dominante entre os indígenas brasileiros que vivem na selva, com um mínimo de contato com os civilizados. Também dominou na Europa, nos primeiros tempos. Com a evolução social, passou a haver uma apropriação dos meios de produção terra e bens confeccionados pelo homem —, surgindo a propriedade privada, ora do Estado, ora de pessoas, e esta mudança provocou transformações no sistema de relações de trabalho entre os homens, de vez que uns passaram a trabalhar sob a direção de outros e a produzir excedentes — quantidades não necessárias ao seu consumo — que eram apropriados por outros. Vê-se, assim, que o sistema de relações de produção e, conseqüentemente, de trabalho está profundamente ligado ao sistema de propriedade. E é o conjunto destes sistemas que dá origem ao conceito teórico de modo de produção. Os estudiosos costumam admitir que tenha havido, na evolução da humanidade, uma seqüência, nem sempre cronológica, de modos de produção, formada pelo da comunidade primitiva, o asiático, o escravista, o feudal. o capitalista e o socialista.’ Cada modo de produção estava ligado a um típo de relação de produção e a um sistema de propriedade. No primeiro e no último dominava a propriedade social, segundo a qual a terra e os instrumentos de produção pertencem à comunidade ou à sociedade onde a forma de apropriação do produto é feita pelo grupo, pela sociedade. Nos outros modos de produção, existe uma apropriação privada, de indivíduos, de associações ou do próprio Estado, do produto do