O sida
Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, normalmente em Portugal, ou AIDS, mais comum no Brasil) é uma doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Esta condição reduz progressivamente a eficácia do sistema imunológico e deixa as pessoas susceptíveis a infecções oportunistas e tumores. O HIV é transmitido através do contacto directo de uma membrana mucosa ou na corrente sanguínea com um fluido corporal que contêm o HIV, tais como sangue, sêmen, secreção vaginal, fluido preseminal e leite materno. Esta transmissão pode acontecer durante o sexo anal, vaginal ou oral, transfusão de sangue, agulhas hipodérmicas contaminadas, o intercâmbio entre a mãe e o bebé durante a gravidez, parto, amamentação ou outra exposição a um dos fluidos corporais acima.
A aids hoje é considerada uma pandemia. Em 2007, estimava-se que 33,2 milhões de pessoas viviam com a doença em todo o mundo e que a aids tenha matado cerca de 2,1 milhões de pessoas, incluindo 330.000 crianças. Mais de três quartos dessas mortes ocorreram na África Subsaariana.
A pesquisa genética indica que o HIV teve origem na África centro-ocidental durante o século XIX e início do século XX. A aids foi reconhecida pela primeira vez pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV, foi identificado no início dos anos 1980.
Embora os tratamentos para a AIDS e HIV possam retardar o curso da doença, não há actualmente nenhuma cura ou vacina. O tratamento antirretroviral reduz a mortalidade e a morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são caros e o acesso a medicamentos antirretrovirais de rotina não está disponível em todos os países. Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a prevenção da infecção é um objectivo-chave para controlar a pandemia da AIDS, com organizações de promoção da saúde do sexo seguro e programas de troca de seringas na tentativa de retardar a propagação do vírus.