O setor terciario na economia brasileira
Carlos Cortez Romero Assessor Técnico do Centro de Pesquisas e Planejamento – CPP – SENAC/DN O comportamento do Setor Terciário se explica na medida em que se possa visualizar a dinâmica do crescimento econômico de um país. Nos países em desenvolvimento, o grande polo de absorção da força de trabalho se concentra no Setor Terciário. No Brasil, em 1950, este Setor era responsável por 26,4 da força de trabalho aumentando para 39,1 em 1973. (Vide tabela 1). Por outro lado, a sua participação na composição do Produto Interno Líquido, no mesmo período, se manteve entre 49,8 e 52,0 respectivamente. (Vide tabela 2). Dessa forma o setor Terciário foi o Setor que mais absorveu os incrementos da força de trabalho. Essas Dimensões podem ser creditadas por um lado à incapacidade do Setor Primário reter o contingente populacional nele engajado e, por outro lado, ao estágio técnico-econômico dos países centrais que condicionaram um padrão de industrialização baseado em uma tecnologia de capital intensivo e com pouca capacidade de absorção da mão-de-obra. Entretanto, o processo de industrialização brasileira se iniciou durante o período de crise econômica mundial e, em virtude das condições que marcaram a formação social e econômica do Setor Agrícola, sobre uma base de formação de capital razoavelmente pobre. Até 1930, a economia brasileira é organizada segundo o modelo Exportador ou modelo de desenvolvimento "para fora". No interior desse tipo de economia, se desenvolveu a primeira etapa de formação do Setor Industrial. Aqui as exportações eram responsáveis pela geração de importante parcela da renda nacional bem como pelo crescimento da mesma e, as importações, eram a fonte flexível do suprimento dos vários tipos de bens e serviços necessários ao atendimento da parte operacional da demanda interna. Nessas circunstâncias a economia brasileira está subordinada a centros de decisões externos que se caracterizam por uma organização da