O setor que acontece, Agronegocio
Por Celso Ming
Tanto a Conab como o IBGE confirmam a perspectiva de uma supersafra agrícola nesta temporada: aumento da produção física de 10,8% e 12,0%, respectivamente, sobre os números de 2012
Tanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) como o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam a perspectiva de uma supersafra agrícola nesta temporada: aumento da produção física de 10,8% e 12,0%, respectivamente, sobre os números de 2012.
Há quatro observações sobre esse sucesso da economia, em contraste com o que acontece em outros setores.
Primeira: a agricultura vai bem, apesar das pragas novas, do governo e da política econômica. O setor não vem sendo contemplado com recursos oficiais e atenções como a indústria. As autoridades vão dizer que há nada menos que R$ 133 bilhões em crédito rural programado para o setor. Mas a maior parte desses recursos provém do sistema bancário - e não de renúncias tributárias.
Segunda: ainda há áreas do governo que não reconhecem nem o dinamismo nem os avanços tecnológicos da agricultura brasileira. É gente que a vê com ma vontade, como reduto de ruralistas, dos desmatadores, da produção de baixo valor agregado, das monoculturas
- e não como ponta de lança da modernidade.
Terceira observação: o avanço do agronegócio acontece embora haja outra limitação, flagrada todos os dia TV e nos jornais. Trata-se da enorme cariedade de Infraestrutura, de armazenamento e do escoamento por rodovia e Ferrovia e instalações portuárias. A esperteza do agricultor de usar caminhão para proteger a colheita das intempéries já deu o que tinha de dar.
Quarta: a supersafra pouco poderá contribuir para neutralizar a disparada dos preços dos alimentos. No que corresponde às commodities (principalmente os grãos, como milho, soja e trigo), as cotações são definidas em bolsas internacionais de mercadorias. Não basta que a produção nacional seja forte; é preciso que, em todo o