O serviço social no campo da saude
Serviço Social e o campo da saúde: para além de plantões e encaminhamentos
Francis Sodré
A industrialização, abrigada por um discurso nacionalista, endógena e financiada por um capital exógeno, fez com que o Brasil vivenciasse um amplo crescimento de seus centros urbanos. Essa mesma industrialização trouxe as mazelas de um trabalho de fábrica, conlfitos urbanos e a criação de políticas de controle da força de trabalho.
Para o Serviço Social representou a necessidade de criação de práticas “modernas”, a exigência de uma racionalidade burocrática-administrativa e a inserção do seu trabalho em estruturas organizacionais complexas. O embate de tendências estruturalistas retomadas no Serviço Social e confrontadas com referenciais da psicologia e da sociologia caracterizam a chegada da modernidade à profissão.
No campo da saúde pública, foi o momento das instituições centralizadas e verticalizadas. A construção de um Estado forte e presente por meio do fomento às políticas sociais fez determinar a criação do campo da saúde pública.
Modelos americanizados de políticas públicas funcionalistas entravam em discussão, colocando o cerne do debate profissional do assistente social na clássica divisão caso/grupo/comunidade. Ou seja, o indivíduo, o grupo e a vida em sociedade eram tratados de forma estanque, como se fossem diferenciados ou como se não estivessem correlacionados.
No Brasil, o Serviço Social demarcou sua entrada no campo da saúde pública pelo viés dos trabalhos com comunidade, por meio de práticas educativas sobre procedimentos de higiene aplicados à vida privada, incentivando o controle de natalidade, controle de doenças infantis, de higiene bucal, dentre outras.
O Serviço Social de caso para a saúde pública era a representação da necessidade da intervenção social do assistente social nas políticas de reprodução social. Trazia o reconhecimento de que a saúde possuía seus determinantes sociais, mas também a afirmação que muitos