O serviço social nas decadas de 40 a 90
As bases para implantação do Serviço Social ocorreu a partir do reconhecimento das tensões sociais, decorrentes da exacerbação da questão social advindas do surgimento do processo de industrialização. Destarte, sua gênese corresponde à conjuntura vivenciada no país naquele período, momento em que o Estado passou a utilizar estratégias de intervenção e de regulação da questão social por intermédio de políticas sociais. Tais estratégias foram influenciadas pelas mudanças ocorridas no país, principalmente na seara econômica em virtude da aludida industrialização.
O processo de legitimação e institucionalização do Serviço Social deu-se com o surgimento e com o desenvolvimento das grandes entidades assistenciais (estatais, autárquicas ou privadas) na década de 1940, momento em que os conflitos sociais entre a burguesia e a classe operária se intensificaram e passaram a exigir outros meios de intervenção, pois, a filantropia e a repressão já não eram suficientes para dirimir tais conflitos. Vale frisar que o papel do Serviço Social era buscar adequar o operariado às novas condições de vida, mas não por uma solicitação da classe a ser assistida e sim por uma imposição da burguesia em conjunto com a Igreja Católica, com objetivo de neutralizar a classe trabalhadora que na ocasião lutava por melhores condições de trabalho e sobrevivência. Pode-se asseverar, portanto, que o Serviço Social surgiu inicialmente como um instrumento do capitalismo para a manutenção da ordem vigente.
A História do Serviço Social nas Décadas de 40 a 90
A década de 1940 foi um período marcado pelo conservadorismo, os assistentes sociais eram requisitados pela igreja católica, pois para a igreja a boa conduta individual e profissional era um fator decisivo para a atuação desse profissional, sendo honestos e honrados mediante um caráter conservador assistencialista predominante da época. Os profissionais exerciam suas atividades baseadas na lei divina,