o servico social na area de educacao
Andréa Pequeno - assistente social
No final do século XX a educação alça status prioritário no cenário internacional. Somente no decorrer dos anos 1990 foram realizados três eventos mundiais, dos quais resultaram três
Declarações que traçam diretrizes educacionais a serem observadas por todas as Nações, evidenciando, assim, a posição estratégica que a educação ocupa neste período histórico de globalização. A Declaração de 1990 versa sobre "Educação para Todos", em 1994 temos a
Declaração de Salamanca - sobre Educação Especial - e em 1997 a pauta abordou a
Educação de Jovens e Adultos.
Embora qualificada como um direito humano prioritário, inalienável e de obrigação do Estado, a educação expressa também os reflexos das mudanças do mundo do trabalho e sofre os reflexos do paradigma da empregabilidade e da relação público/privado. Desta forma, sua execução atende aos interesses do mercado e impõe desafios à formação para a cidadania.
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação reconhecem a educação como um direito social a ser garantido pelo Estado a todas as pessoas, mas de fato a educação brasileira ainda não se constitui como uma política pública universal. Apesar dos dados estatísticos evidenciarem crescimento significativo na taxa de matrícula para a Educação Fundamental, a Educação Infantil, o Ensino Médio e o Ensino
Superior continuam a não absorver devidamente os educandos.
A política educacional reflete as expressões da questão social, impondo desafios aos sujeitos que participam de seu planejamento e execução e apresenta demandas ao Serviço Social.
A educação não é um campo de trabalho novo para o assistente social, mas, nas últimas décadas, percebe-se um crescente interesse profissional por esta área, em seu aspecto teórico
- como objeto de pesquisas - como interventivo, principalmente na esfera pública.
Os assistentes sociais vêm sendo convidados a colaborar de forma consistente