o sermão entregue do dia do senhor
Por Charles Haddon Spurgeon,
No Tabernáculo Metropolitano, Newington – LondresRespondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. João 6:53-56
Nosso Senhor Jesus, nesta passagem, não alude à Ceia do Senhor, como alguns que, desejando manter suas superstições sacramentais, ousaram afirmar! Eu não vou me apoiar no argumento de que não havia ainda a Ceia do Senhor no momento para que se fizesse alusão a ela, por mais que haja certa força nessa idéia, mas eu prefiro lembrá-los que tal interpretação desta passagem não seria verdadeira. Deve-se confessar, mesmo pelo mais ardente advogado do significado do sacramento, que as expressões usadas por nosso Senhor não são universalmente e, sem exceção, verdadeiras se usadas nesse sentido, pois não é verdade que aqueles que nunca tomaram a Ceia do Senhor não têm vida em si mesmos, já que se diz em todos os lugares que centenas de milhares de crianças mortas na infância são, sem dúvida, salvas, e elas nunca comeram a carne de Cristo nem beberam Seu sangue, se a Ceia do Senhor é aqui mencionada.
Houve também muitos outros em tempos passados que, por sua conduta, provaram que a vida de Deus estava em suas almas, e eles não puderam comer o pão do altar, por causa de doenças, excomunhão, prisões e outras causas. Certamente há outros, mesmo que eu não os tenha por escusados, que negligenciaram vir àquela ordenança comemorativa abençoada, e ainda, entretanto e apesar disso, eles são verdadeiramente filhos de Deus. Poderia o maior dos maiores homens da igreja enviar qualquer Quaker, mesmo o mais santo e devoto, para o