O SER E O TER
Prof. Rodrigues Damas Pontes
Não será nosso objetivo na presente exposição, responder ao sentido proposto pelo título: O SER E O TER. Buscaremos respostas sim, mas de forma coletiva e que nos auxilie em nossa constante busca pelo individual; lançaremos possibilidades e levantaremos hipóteses acerca do que queremos (TER) e sobre o que pretendemos (SER). Para tal empenho, recorreremos a alguns autores que, ao longo da existência humana no mundo, vêm, assim como nós, tateando os caminhos do Homem e de sua existência no mundo.
Sobre o SER: Sein, Dasein, To be, Être, Essere.
A. No sentido absoluto impossível de definir. Podem-se apenas distinguir diferentes ordens de idéias relativamente às quais se diz que qualquer coisa é.
1. Sentido substancial – “Penso, logo sou.”
2. Sentido fenomenal – uma coisa é quando está atualmente presente na experiência.
3. Sentido objetivo – uma coisa é quando é afirmada como válida para a experiência de todos os indivíduos.
B. No sentido abstrato o fato de ser, a existência.
C. No sentido concreto aquilo que é realmente.
1. Descartes – “Tudo o que existe em nós de real e de verdadeiro vem de um Ser perfeito e infinito.”
2. Um objeto existente no pensamento, mas sem existência efetiva fora deste.
HERÁCLITO DE ÉFESO (540-476 a.C.) “Tudo flui.”
PARMÊNIDES (540-450 a.C.) “O ser é e não pode não-ser.” Entre o ser e não-ser existe um abismo profundíssimo. O ser não pode vir do não-ser. O ser não começou, não terminou. Ele sempre é. [Exemplo da semente que se torna árvore – tanto a semente quanto a árvore são seres.]
A relação existente entre o SER E O TER está tão intimamente ligada quanto a relação que temos com nossos entes mais queridos e, fundamentalmente, com nosso ontos. Nesse sentido, antes mesmo de buscarmos o TER (no sentido materialista da existência), necessitamos buscar o TER (no sentido existencialista e ontológico) a nós mesmos, ou seja, nos indagarmos acerca de pequenas coisas do