O ser na sociedade do espetáculo
A terra atingiu a marca de 7 bilhões de seres humanos. Há características na espécie humana que a torna bem diferente de outros seres. A descoberta do DNA, sem dúvida, constituiu-se em um marco para a identificação de cada um desses seres. Esta molécula que já gerou intrigas, desconfianças e ficções nos mais diversos povos, tornou-se uma importante ferramenta para uso científico, tendo em vista, que com a consequente decifração do código genético, possibilitou-se a abertura de imensas pesquisas para o tratamento e cura de muitas doenças específicas, porque cada ser é único, particular, daí a frase popular: “ninguém é igual a ninguém”. Se isto é verdade, por que, modernamente, as pessoas procuram viver a vida do outro?
Guy Debord (1992), em A Sociedade do Espetáculo, afirma que toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era vivido se esvai na fumaça da representação. Portanto, na modernidade, vive-se como se todos fossem artistas em um grande espetáculo, cujo resultado esperado é a aceitação e aplauso do público. Desta forma, a sociedade de consumo na pós-modernidade, se apresenta como agente de dessujeitação do ser; e este para ser inserido ou se manter nesta sociedade, busca viver a vida do outro e vai se utilizando de máscaras para isto.
A partir da Revolução Industrial iniciada na Inglaterra no século XVIII, a oferta de produtos cresceu de forma exponencial. As fábricas precisavam vender mais para continuar produzindo. Para vender em uma escala bem maior (consumismo), se viu obrigada a utilizar da propaganda para atingir as massas. Modernamente, a propaganda convence, pela via do inconsciente, desejo de consumo de um produto. Não é à toa que muitos produtos tem um apelo sensual quando anunciados.
Enquanto na idade média havia a repressão dos instintos sexuais em uma sociedade que estava