O Sentimento Constitucional No Brasil
O sentimento constitucional é uma das formas mais eficazes de dar supremacia à constituição. Apesar das diferenças socioculturais, a pessoas, quando conscientizadas a respeito dessa, sentem-se unidas e representadas pela Constituição.
A constituição de 1988 recuperou as liberdades democráticas, suprimidas pelo regime militar e pontuou o mais longo e promissor período de normalidade institucional da história republicana do país. Vinte e seis anos se passaram, e vários direitos garantidos naquele documento foram implementados e muitos ainda continuam sendo apenas uma promessa do constituinte.
Durante esse período mais de 70 emendas foram promulgadas, algumas no período em que estava em plena execução o maior do todos os escândalos de corrupção da história brasileira – o chamado “mensalão” – e outras para atender a interesses menores, o que as faz de discutível legitimidade.
Mas apesar disso, não há dúvida que a Carta de 1988 continuará a ser o mais importante documento de afirmação da cidadania brasileira. Por isso, é necessário que seja respeitada, o que muitas vezes não têm ocorrido, devido a um baixo sentimento constitucional. As leis são passíveis a diversas interpretações, em que o texto é atualizado tomando-se em conta a realidade sócio-jurídica vigente ao tempo da interpretação, sem necessidade de emendas formais.
Como a Constituição deveria ser um documento perene, de longa duração, não é correto que seja alterada de acordo com toda e qualquer mudança sócio-política, menos ainda para atender interesses de classes.
Ainda hoje permanece o individualismo que produz um sentimento constitucional parcial, motivado por interesses particulares, consequentemente ao passar do tempo não atenderão às necessidades da comunidade política, por isso não é tão difundida essa educação acerca da constituição, pois essa consciência prejudicaria determinados grupos de poder que preferem uma sociedade inconsciente de seus direitos e por isso