O Sentido da Vida
O Sentido enquanto Direcção ou Finalidade
Pensando no sentido em termos de orientação no espaço, é fácil pensar por numa viagem. Por exemplo, quando digo que vou passar férias ao Algarve, posso dizer que vou no "sentido" Sul, para o Sul de Portugal.
De uma perspectiva mais abstracta, e não meramente espacial, podemos pensar em Direcção como uma Finalidade.
Quando nós pensamos no sentido de uma determinada actividade, individual ou social, referimo-nos muitas vezes ao objectivo, ao fim, que a determina e que a inspira: "Por que razão fazemos isto ou aquilo?”
Em termos mais amplos, poderemos também questionar o sentido – ou a finalidade - da evolução histórica. Terá a história uma finalidade que permita dar-lhe um fio condutor ou será um amontoado de factos que se sucedem sem uma direcção definida?
Quando perguntamos qual o sentido da existência ou da vida, interrogamo-nos também certamente sobre a sua finalidade.
Quando se vive sem saber o que se quer, a vida carece de sentido – de finalidade -, falta-lhe um objectivo.
Problematizar o tema do sentido da vida em termos de finalidade é perguntar: "Qual o porquê de viver?"
O Sentido enquanto Valor
Dizemos que algo tem sentido quando "vale a pena", isto é, quando tem um determinado valor. Sem sentido queria dizer neste contexto, "o que não vale nada".
Assim, muitas pessoas suicidam-se porque consideram que a vida não vale a pena e portanto não é preferível à morte, ao "nada".
A vida começa a perder sentido (valor) quando alguém pensa que não vale nada.
Nesta perspectiva, o amor, a solidariedade, a fraternidade, que são formas de apreço pela vida e de considerar os outros como valiosos e importantes, podem transformar a existência dando-lhe sentido e portanto contribuindo para sua valorização.
A importância da finitude e da temporalidade no sentido da vida
Finitude refere-se a tudo aquilo que tem fim, limite ou termo.
Temporalidade caracteriza aquilo que se constitui no