O Sensacionalismo da Mídia na Cobertura da Tragédia em Santa Maria
O SENSACIONALISMO DA MÍDIA NA COBERTURA DA TRAGÉDIA EM SANTA MARIA
SANTA CRUZ DO SUL, JUNHO DE 2013.
INTRODUÇÃO
Além dos poderes políticos que constituem os Estados democráticos, existe mais um: a mídia. É o “quarto poder”, cujas atividades gravitam em três esferas: cultura de massa, comunicação e informação. Para manter-se na competição, a mídia se agiganta em corporações mundiais com tecnologia de ponta.
Através de mecanismos de concentração, essas empresas tornaram-se os principais atores da globalização, porque tudo veem, tudo ouvem e decidem sobre tudo. Seu mais democrático veículo é a televisão, uma concessão do próprio Estado, da qual, muitas vezes, torna-se algoz, já que ela decide eleições, derruba presidentes, provoca cortes profundos na sociedade.
Mas não deixa de ser apenas um veículo, cuja direção depende dos objetivos e interesses do condutor, quase sempre com um olho na concorrência e outro no lucro. Assim, falta espaço para a ética e o compromisso social em seus programas. Elisabete Santana, membro do Fórum Paulista pela Ética na TV, é incisiva: “O respeito à dignidade humana deu lugar a um espetáculo de degradação; crimes e criminosos passaram a ser objeto de glamour, como se isso fosse absolutamente natural.”. E continua: “A televisão brasileira tem se prestado a uma papel de exploradora e promotora da miséria humana, com o suporte de alguns patrocinadores, que não atentaram para o que, de fato, estão financiando.”.
A mídia tem uma importante participação na sociedade desde que passou a existir. A meta principal, e única, é passar a informação a todos. Ou seja, informar a população de qualquer acontecimento que afete de forma significativa a sociedade.
Todos tem o direito de saber, ser informado e também informar. Portanto, não há alguma lei ou coisa parecida que impeça alguém de trabalhar com a notícia.
Há séculos o trabalho da imprensa era mais restrito, pois não existiam meios de