O sapo comedor de tampinhas
Esta é a história de Adolfo. Um menino que não tinha amigo para brincar no recreio da escola.
Um dia , no horário do recreio... pimba! Uma tampinha acertou em cheio a cabeça de Adolfo. Todos acharam graça, então começou a voar tampinhas de todos os lados!
Muito triste Adolfo foi para casa e não comentou nada com a mãe dele, pois ficava muito envergonhado de contar à mãe que não tinha amigos.
Durante a noite, ele sonhou com a aula de Ciências, que a professora havia explicado que o girino é o sapinho ainda filhote.
No sonho, chovia muito na casa do Adolfo e, pela janela, ele olhava a enxurrada que levava uma garrafa de plástico verde e vários outros materiais, como uma rolhas e um pedaço de barbante. Enquanto estava olhando, percebeu que a garrafa em certos momentos era um girino. Sabe o que é um girino, pois o formato era muito parecido com o da garrafa. Cada vez que a garrafa afundava e levantava o bico para o alto, parecia o rabinho do girino. Foi então que o menino viu muitas tampinhas de refrigerante boiando na enxurrada, que parecia um rio.
Adolfo ficou tão feliz que acordou dando gargalhadas e sua mãe correu até o quarto do garoto para ver o que havia acontecido. Ele pulou correndo da cama e foi até o quartinho onde a mãe guardava o lixo seco. Pegou a garrafa de plástico, barbante, papel verde, papelão e rolha.
Adolfo sabia que era muito perigoso mexer com faca; então pediu à mãe para cortar a garrafa fazendo uma boca e dois furinhos para passar o barbante, e cortar a rolha ao meio. Ele recortou com uma tesoura sem ponta alguns papéis verdes para fazer as manchinhas no sapo, os pés e os braços. Depois de pronto, a mamãe colou cada coisa no lugar com cola quente para ficar bem firme.
Foi muito legal, parecia até a aula de ciências em que a professora mostrava o girino e depois foi crescendo as patas, virando então um sapo.
Muito feliz com sua invenção, Adolfo foi para a escola e, como ninguém brincava com ele,