Esta resenha tem como objetivo avaliar criticamente a obra do autor Mircea Eliade, “O sagrado e o profano – A essência das religiões”. Mircea Eliade (1908 – 1986), foi um professor historiador das religiões, mitólogo, filósofo, nascido na Romênia mas naturalizado norte-americano em 1970. Atualmente, é um dos mais influentes historiadores e filósofos das religiões. Algumas de suas principais obras são: Cosmos e História: O Mito do Eterno Retorno, Ferreiros e Alquimistas, Ritos e Símbolos de Iniciação, Padrões das Religiões Comparadas, Mito e Realidade, Enciclopédia das Religiões, entre outras. Ao realizar uma análise de sua obra “O sagrado e o profano” logo no início da leitura nota-se que o autor defende o ponto de vista de que a religião atua sozinha e procura analisar a essência de diversas religiões e para esse feito, Eliade usa da comparação de várias religiões, historiadores e filósofos e nos mostra sua evolução e origem (da religião). Em busca do discernimento entre o que vem a ser o “sagrado” e o “profano”, Eliade explica que o homem possui dois modos de ser no mundo, que vai depender dos ganhos que o cosmo (sagrado) cause ao homem. Como forma de exemplificar seu ponto de vista o autor usa-se da imagem da igreja, que para o homem religioso é um local sagrado e o ambiente fora da igreja seria um local profano, e existe diferença na forma em que se porta nestes dois ambientes e o autor ainda define o sagrado como o que é real e o profano como o resto/extensão, um espaço neutro. Quando o autor busca definir um homem religioso e seu espaço sagrado, ele explicita que quando o homem se situa em um lugar, organizando-o e habitando-o são ações que implicam em uma escolha existencial, e que o homem religioso deseja a vivência o mais perto do centro do mundo, e ao citar o “centro do mundo” ele busca apontar que o verdadeiro mundo, o real – sagrado, vem a ser. Após tratar do contexto “espaço sagrado e profano” o autor vai definir o “tempo profano e sagrado”.