O sagrado nas culturas indigenas
Benedito Prezia Antropólogo e Indigenista
O autor chama a atenção para a dimensão da cultura religiosa dos indígenas do Brasil, nas suas mais diversas etnias, pois foram eles os que mais marcaram as práticas religiosas populares do povo brasileiro. E também o desafio para os cristãos em conhecer essa dimensão nas populações indígenas.
É deixado claro no texto que a cultura indígena, nesses séculos, foi dominada, explorada e teve sua identidade cultural perdida.
Percebe-se a indignação do autor ao citar que o índio sempre foi definido pela negação; dito sem escrita, sem religião, sem lei, sem governo e sem história. Mas alivia e ressalta que, o que antes era visto como ausência ou limitação nota-se que é uma maneira diversa de ser, de agir, de crer. Eles não são piores e nem melhores do que nós. Apenas são diferentes.
Aborda as características religiosas dos povos indígenas brasileiros, explicando-os.
1- O profundo sentido de deus.
A idéia de deus perpassa todas as religiões indígenas. Muitos desses povos crer em um deus criador, humanos com super poderes. Outros, que o divino é também o ancestral do povo. Muitas outras sociedades não possuem a Idea de um deus criador.
Entres outros povos há um mundo com diferentes seres, com poderes que trazem benefícios e malefícios aos humanos.
2- O sagrado e o profano.
No universo indígena não há separação entre o sagrado e o profano. Tudo e sagrado: a natureza, a vida e a morte.
3- A natureza com lugar sagrado.
Nas sociedades tradicionais a natureza é sempre vista com o olhar religioso. Os povos indígenas têm muito respeito à terra. Há uma relação quase humana com os elementos da natureza.
4- Cultura da partilha e do acolhimento.
A generosidade é a marca da cultura indígena. Para esses povos não há o particular. Tudo é de todos.
Nessas comunidades a família não e restrita apenas ao pai e a