O ROMANTISMO E A IDENTIDADE NACIONAL: AS ARTES PLÁSTICAS E A LITERATURA
Neste trabalho, apresentaremos obras relacionadas às artes plásticas românticas, que tiveram grande importância para a formação da Identidade Nacional. Grandes artistas, como Antônio Gonçalves Dias, Victor Meirelles de Lima e Rodolfo Amoedo, fizeram parte dessa construção social.
Através das obras e poemas deles, é possível perceber os primeiros pensamentos da época sobre nacionalidade.
As representações do cotidiano indígena e africano mostram como a nacionalidade não estava presente neles.
Pesquisa comparativa. Quando as artes estão em sintonia.
• Antônio Gonçalves Dias
Poeta, professor, crítico de história, etnólogo, nasceu em Caxias, MA, em 10 de agosto de 1823, e faleceu em naufrágio, no baixio dos Atins, MA, em 3 de novembro de 1864.
Era filho de João Manuel Gonçalves Dias, comerciante português, natural de Trás-os-Montes, e de Vicência Ferreira, mestiça. Formou em 1845. Em Coimbra, ligou-se ao grupo dos poetas que Fidelino de Figueiredo chamou de "medievalistas". À influência dos portugueses virá juntar-se a dos românticos franceses, ingleses, espanhóis e alemães. Em 1843 surge a "Canção do exílio", um das mais conhecidas poesias da língua portuguesa.
Regressando ao Brasil em 1845, passou rapidamente pelo Maranhão e, em meados de 1846, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde morou até 1854. Em 46, havia composto o drama Leonor de Mendonça, que o Conservatório do Rio de Janeiro impediu de representar a pretexto de ser incorreto na linguagem; em 47 saíram os Primeiros cantos, com as "Poesias americanas", que mereceram artigo encomiástico de Alexandre Herculano; no ano seguinte, publicou os Segundos cantos e, para vingar-se dos seus gratuitos censores, conforme registram os historiadores, escreveu as Sextilhas de frei Antão, em que a intenção aparente de demonstrar conhecimento da língua o levou a escrever um "ensaio filológico", num poema escrito em idioma misto de todas as épocas por que passara a língua