O rmg e a nova questão social
O RMG E A NOVA QUESTÃO SOCIAL
Com o advento da modernidade uma nova categoria social ganha relevo nas Sociedades Contemporâneas. A exclusão social é um conceito recente que vê a sua abordagem dificultada pela aproximação conceptual ao conceito de pobreza. Contudo, é essencial perceber que nem sempre uma situação de exclusão social radica da condição financeira, embora esta se configure como um elemento primordial da mesma. Posto isto, a exclusão social assume-se como uma “ameaça” à coesão social de todos os indivíduos considerados como participantes de uma cidadania que se pretende democrática e acessível a todos. É neste prisma, que a exclusão social versus coesão social se apresentam como dois termos antagónicos, lançando-se numa luta de desigualdades, onde o Estado Providência se mostra incapaz de colocar em prática políticas sociais que se configurem como garante da coesão social.
É diante desta conflitualidade, que remete irremediavelmente para o enfraquecimento dos elos sociais, que surge no contexto Europeu uma nova política social que visa garantir a todos os cidadãos uma inserção social plena que até então não estava assegurada, tendo como principal pressuposto dar resposta a situações de exclusão social bem como o combate à mesma, apostando essencialmente em medidas para a impugnar.
A procura da coesão social nas sociedades modernas de forma a permitir a ausência do risco e assegurar a integração e coesão social implica a articulação e conjugação de diversos factores entre eles: o desenvolvimento económico, enriquecimento generalizado e um Estado Providência desenvolvido. Contudo, o Estado como garante dos direitos sociais vê as suas funções dilaceradas com a precariedade do emprego e a consequente crise sócio-económica ditando a criação de uma nova categoria – a exclusão social. Nesta estão inseridos alguns conceitos periféricos que advém da noção de pobreza, entre eles, a pobreza absoluta, a pobreza