O Riso dos Outros
Faculdade de Comunicação – FAC
Disciplina: Comunicação e Sociedade
Aluna: Sophia Costa Serra
“O Riso dos Outros”
Uma questão que permeia a sociedade de hoje é sobre os limites nas manifestações culturais na mídia. Constantemente surge esse questionamento sobre até que ponto podemos chamar de liberdade de expressão e até que ponto essa liberdade vai.
Os humoristas se baseiam na teoria de que o humor apenas ri de situações que se fazem presente na sociedade. Sendo elas de cunho religioso, social, moral, ético, histórico, de genero, etc. Entretanto, o humorista é um ser social. O seu discurso não é algo vazio e ele não está “apenas comentando um fato”. Assim como o jeito que as pessoas se vestem e como usam seus cabelos dizem respeito sobre seu posicionamento, uma piada dita engraçado carrega uma representação. É um discurso. Portanto, o humorista tem responsabiliade social e aquilo o que ele diz pode ajudar a reforçar estereótipos ou acabar com eles. Nem a piada nem o riso ocorrem no vácuo, seus alicerces são culturais, sociais, políticos e ideológicos. Quem fala, fala de um lugar determinado, está consciente do que pronuncia e espera um determinado efeito: provocar o riso. Quem ri também o faz conscientemente, e ao fazê-lo reforça a mensagem. Neste sentido, nem a fala nem o riso são naturais. O fundamento é social. O preconceito está na sociedade, isso é fato. Mas o ato de fazer piada reforça o discurso a um nível insconciente nas pessoas. Inconscientemente as pessoas acabam achando que é normal pensar que a mulher “tem que se valorizar”, que “lugar de preto é na senzala”, que “mulher feia tem que agradecer por ter sido estuprada”, dentre outros. Não é preciso ser feminista para entender que tais piadas não são engraçadas e ofendem determinados grupos, é preciso apenas senso de reflexão crítica.
Os preconceitos arraigados na sociedade fornecem muito material para os humoristas. O humor é cruel, caricatural. Expõe