O respeito à identidade do educando segundo paulo freire
SANTOS, Alessandra Machado dos
Resumo
É fato que Paulo Freire foi, como outros, um grande pensador ideológico versado em educação. Assim é possível compara-lo a uma saudável árvore frutífera, que produz seu fruto a tempo e alimenta a todos. Paulo Freire produziu educação. Suas idéias, pesquisas e dedicação extremas nos legaram conhecimento e informação sobre todo e qualquer elemento que compõe o sistema educativo contemporâneo, e isso porque não se deteve a compor obras, mas vivenciou cada ideia concebida na busca incessante por uma educação sinceramente igual para todos. É objetivo principal desse artigo explorar modestamente o pensamento freiriano sobre o educando, que é o individuo sujeito que colhe e semeia da árvore Paulo Freire, e sobre o respeito, que lhe é de direito, à sua antagônica identidade, singular, mista e somatória. Para fundamentar essa pesquisa e ancorar as possíveis discussões foi realizada uma leitura especulativa do tópico “Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando”, que é parte constitutiva da obra “Pedagogia da Autonomia, saberes necessários à prática educativa”.
Palavras-chave
Respeito. Educando. Direitos. Curiosidade.
O respeito ao educando, à sua expressão sócio-cultural, à sua curiosidade e criticidade é, segundo Paulo Freire, um saber necessário à prática educativa. Esse saber deve fundamentar toda ação educativa. O respeito à pessoa do educando é, certamente, um dever de duas vias que reserva ao professor a necessidade extrema do uso da humildade e do senso de igualdade para que possa conscientizar-se sobre o sublime valor humano que se encontra encerrado em seu aluno. Já a Declaração Universal dos Direitos Humanos determinava essa conduta ao prescrever em sua introdução a seguinte orientação:
A Assembléia Geral proclama – A presente