O RESGATE DA AUTORIDADE EM EDUCAÇÃO
GUILLOT, Gérard. O resgate da autoridade em educação; tradução Patrícia Chittoni Ramos Reuillard. Porto Alegre: Artmed, 2008. 192 p.
José Paes de Santana1
O autor é professor de Filosofia na Universidade de Lyon, França, e escreve sua obra em três partes abordando o assunto “o resgate da autoridade em educação,” partindo entre outras, da premissa de que “a crise da autoridade é uma crise da humanidade. Sair da crise é sair da inumanidade,” (p. 9) abordando a partir daí a crise da autoridade vista através de várias lentes, ressaltando na primeira parte de sua obra, aspectos propedêuticos da autoridade e afirmando que a autoridade implica firmeza de interditos, pautados no respeito, e no reconhecimento de seu verdadeiro sentido, para assim alcançar uma autoridade de bons tratos.
A obra é dividida em três partes, sendo abordado na primeira parte o sentido da autoridade; na segunda parte o porquê de a autoridade educativa está em pane, e na terceira parte o autor elenca algumas questões principiológicas, que nos dão elementos para alcançarmos, segundo ele, uma autoridade de bons tratos.
O autor nos apresenta a autoridade numa perspectiva etimológica na primeira parte de sua obra, deixam claro que autoridade (do latim auctoritate), como autorização, vem do verbo augere, que significa aumentar. Logo, quem tem autoridade, tem o direito ou o poder de mandar, ou de autorizar a: existir; crescer; aprender; ser reconhecido e respeitado em sua dignidade humana; criar; amar, e até a se enganar! Quem tem autoridade, portanto, deve abrir os horizontes e não fechá-los, no sentido freudiano de que a autoridade é um ato de confiança na humanidade e no outro.
Ainda sobre o sentido etimológico da palavra autoridade, este não deve ser visto apenas no seu aspecto negativo, enquanto: de obrigação; proibição; superioridade; obediência, e poder, entre