O reflexo do comodismo e da preguiça
A história da filosofia moderna compreende um período que se desenvolveu através de profundas mudanças no contexto social; abrangendo desde a religião até a política. Essa filosofia mostrou-se racionalista e teve dentre vários filósofos; Bacon e seu empirismo, Hobbes e seu materialismo, Descartes e seu espiritualismo, Malebranche com sua ontologia etc... John Locke nasceu em Somerset, na Inglaterra, e o seu despertar pelo gosto filosófico nasceu de vários pensadores como Berkeley, J. J. Rousseau e Montesquieu. A sua filosofia foi despertada apartir da filosofia de Descartes, através da refutação do inatismo cartesiano. Locke Segue os passos de Bacon com o empirismo, e mostra-se mais moderado que Hobbes; representando as tendências do processo revolucionário ocorrido na Inglaterra, e França através dos enciclopedistas e ideólogos. Suas obras refletiram em diversos campos, repercutindo tanto na política como na religião; já que defendia a separação entre a igreja e o estado, além da tolerância para com todos os cultos. Dentre as várias obras de Locke, farei um relato sobre a obra: “Ensaio Acerca do Entendimento Humano”, e assim demonstrarei como esse filósofo examinou o entendimento humano a partir de alguns exemplos conhecidos ao outros menos analisados, além de sua análise através da origem até a extensão do entendimento humano. Diante este trabalho, o filósofo examina a consistência acerca do que podemos compreender como inato, e afirma que a sua origem foi concretizada pela comodidade de alguns, ou mesmo preguiça de outros para se procurar uma explicação mais racional dos acontecimentos. Locke desconsidera a hipótese de que existem idéias inatas, já que aprendemos através da nossa capacidade e do que nos é possível conhecer, e assim podemos através da sensação e reflexão dos objetos exteriores, terem uma noção ou idéia do quanto o nosso entendimento pode conhecer na natureza ou mundo.