O raval

O Raval está mudando, não é mais aquele bairro industrial do século XIX, com edifícios altos e chaminés que desafiam o céu, nem é o bairro mestiço do século XX que ficou conhecido por ser o esconderijo preferido pelos bandidos e prostitutas. Hoje, no século XXI, o Raval é um bairro novo, nele encontramos uma mescla de pessoas e culturas. RAVALEANDO
O bairro de Raval está incluído no distrito de Ciutat Vella, na parte antiga, junto ao bairro Gótico e ao bairro de Born. Ao oeste faz fronteira com a Rambla, ao oeste com o Parallel, ao norte com a Universidade e ao sul com o mar.
Próximo ao Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA) há um anuncio que conjuga o verbo “ravalejar”, no cartaz diz: yo ravalejo, tu ravaleges, ell ravaleja... Segundo Albert, de Barcelona, o cartaz pode ter muitos significados, só depende de quem lê. Na realidade, para ele, a intenção é definir a atividade de quem vive no Raval, seja de onde for. Uma forma de viver, um indício da identidade que une o bairro. Ele vive ali quatro anos e revela que é apaixonado pelas pessoas que moram ali, pois no bairro há de tudo, pessoas que moram ali a vida toda e pessoas novas, que vem chegando com novas expectativas, de iniciar uma nova vida ali, logo há muita gente jovem com vontade de abrir novos locais, de dar novas possibilidades às pessoas que moram ali. O que ele mais gosta no bairro é que é como ter vários bairros em um, é um pouco da mescla de distintas realidades de Barcelona e de novos tempos que correm por Barcelona. Raval tem crescido muito a partir de todo o novo que está chegando.
Para entendermos melhor a história e as evoluções de Raval, vamos conhecer um pouco do mosteiro de Sant Pau del Camp. Erguida e elegante, a igreja vem resistindo o passar dos séculos e permanece totalmente integrada entre o tumulto das pessoas, gruas e balcões desiguais do bairro. É um dos monumentos românicos mais antigos de Barcelona e foi o primeiro núcleo importante de Raval. Até então, era um campo