O RAIO E A CAVERNA : LIÇÕES PARA APREENDER
Conta a lenda que uma Caverna vivia na sua natural escuridão. Esta lenda não é de algum país distante ou de muitos séculos passados, como se tais critérios fossem importantes para valorizar lendas.
Mas Caverna, nesta lenda, sozinha vivenciava os dias e noites sem muitas novidades, sem trocas de energias,vivia como se a vida fosse aquilo de sempre e como se fosse uma determinação exterior ou do destino maior.
Mesmo quando algum vento nela penetrava, a mesma não dava atenção ou valor. Quanto algumas gotas das chuvas a molhava, a Caverna sentia isto com certo repudio ou como fosse alguma praga externa, pois a incomodava.
Eis que, num final de uma tarde os céus se mexeram muito, nuvens trocaram suas cores por um cinza carregado de escuro, vieram barulhos e ventos fortes.
Raios soltavam-se do céu esvoaçavam pelos ares, outros caiam atordoados em vários pontos da terra.
Um destes, como que atraído pela escuridão da Caverna, tentou em direção á mesma. Bateu ao lado de sua entrada e sem sucesso se perdeu nas trovoadas. Com certa teimosia se restabeleceu e retornou à sua tentativa. Agora, menos congelado que na tentativa anterior, contaminado pela atração que a Caverna lhe oferecia, o Raio atinge a entrada principal da mesma e neta penetra com sorrisos de encantamento.
Foi recebido com calor especial, aconchegado por um abraço e aos poucos com tais sensações foi se descongelando, com trocas de energias que lhe provocavam um bem estar há muito desconhecido.
Foi um encontro mágico no qual a escuridão da Caverna e o congelamento do raio sofreram mutações que gerava em ambos vontades de ficar juntos, de conhecerem um ao outro, de compartilharem histórias, de enfim se integrarem sem receios e com encantamento.
Ficaram assim um tempo que não foi medido. Ficaram como dois seres prometidos e comprometidos com a alegria, satisfação e desejos.
Curtiram este mágico encontro, embora cientes de que o mesmo seria negado ou desaprovado