O racismo no Brasil

Cássia Gomes
O RACISMO NO BRASIL
Raça, etnia, nação são noções usadas para caracterizar e classificar grupos que na sociedade são vistos de forma desqualificada. Porém são nomenclaturas distintas, elas não são similares. Raça vem a ser uma classificação de ordem social, etnia deriva do grego ethnos, cujo significado é povo, ela representa a consciência de um grupo de pessoas que se diferencia dos outros. E nação é uma espécie de comunidade baseada em um território, em uma língua e várias nações formam um Estado que é uma forma política.
Antes, onde tudo era baseado em um dominador e um dominado, não havia uma independência. Os negros, trazidos para o Brasil para serem escravos por meio do tráfico negreiro, foram a maior fonte de renda do período colonial, e isso foi usado como justificativa para a escravização negra. Mais tarde, quando os europeus começaram a colonizar a África, começaram a apresentar justificativas para a introdução da cultura e modo de vida europeu às sociedades negras e uma justificativa foi a ideia errônea de que os negros eram uma raça inferior.
O Iluminismo, com seus ideais de liberdade e igualdade, visavam espalhar para a sociedade inglesa as imagens dos horrores da escravidão. Assim, os latifundiários das colônias sofreram perdas nesse processo a partir do momento em que haviam ganhado mais um custo de produção: o trabalho assalariado. Sentindo-se prejudicados, esses latifundiários passaram a pressionar o governo objetivando que a escravidão fosse combatida de forma mais efetiva. Leis como a: Lei Bill Aberdeen, Lei Eusébio de Queirós, Lei do Ventre Livre, Lei do Sexagenário e, por fim, a Lei Áurea, foram leis que reforçaram o combate à escravidão, findada em 13 de maio de 1888.
O racismo, como fenômeno comportamental e social, procura afirmar que existem raças puras, e que estas são superiores às demais; desta forma, procura justificar a hegemonia política, histórica e econômica. Afirmar que existe raça pura torna ilusória qualquer