O Quinhentismo
O Quinhentismo foi formado pelas primeiras manifestações literárias ocorridas no Brasil, quando o mesmo ainda era colônia. Na época nosso país era povoado apenas por nativos e por portugueses que chegaram aqui, tratando-se de um movimento formado pela introdução da cultura europeia em nosso país. Entre as publicações daquela época, encontram-se cânticos religiosos, poemas dos jesuítas, textos descritivos, cartas, relatos de viagem e mapas. Pode ser dividido em literatura de informação e jesuítica.
Entre os documentos do Quinhentismo destacam-se: História do Brasil, escrita pelo frei Vicente de Salvador, Diálogo sobre a Conversão dos Gentios, do padre Manoel da Nóbrega, Tratados da Terra e da Gente do Brasil, de Fernão Cardim, Tratado Descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Sousa, Diário de Navegação, de Pero Lopes de Sousa e a Carta de Pero Vaz de Caminha.
A literatura de informação, também conhecida como literatura dos viajantes, trata-se basicamente das cartas escritas pelos portugueses que se encontravam no Brasil que eram destinadas ao rei de Portugal, nas quais descreviam a fauna, a flora e os nativos brasileiros. Um famoso exemplo desses escritos é a carta de Pero Vaz de Caminha, vejamos um trecho:
“...Eram pardos todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que posassem os arcos. E eles os pousaram.”
Esta carta mesmo sendo um escrito do sec. XVI, pela sua importância histórica acaba sendo utilizada por autores do sec. XX como Oswald de Andrade em sua obra Pau Brasil, e Mário de Andrade em Macunaíma em que ele faz uma paráfrase da obra de Pero Vaz de Caminha.
Há ainda quem não julga estes escritos como sendo de caráter literário. Porém, não menos importante para a nossa cultura histórica. Alfredo Bosi em sua obra História concisa da literatura brasileira, 1936, diz o