O que é o educador
Baseando-se na definição proposta por Carlos Cipriano Luckesi (UFBa), podemos definir o educador de duas maneiras básicas:
a) O educador é alguém envolvido com sua prática histórica transformadora. Com nossas relações intersociais diárias, somos ao mesmo tempo educadores e educandos, ao passo que aprendemos com o conhecimento adquirido com a vivência, e transmitimos essa carga por meio de uma didática natural, espontânea, adquirida por meio da interação social. Em Luckesi, é a educação que se faz.
b) O educador é o indivíduo que se dedica à atividade de buscar meios de propagar uma conduta desejável, tanto para o indivíduo quanto para o meio social. Acontece quando passamos por um meio formal de adquirir conhecimento específico e habilidades de ensino voltadas para o magistério e afins. É o educador formado por meio de um processo metodológico visando habilitá-lo a exercer a atividade profissional do ensino.
Por entender que o educador encaixa-se como sujeito transformador da história ou simplesmente objeto passivo, Luckesi destaca três consequências da prática educacional, como vemos a seguir:
a) Em hipótese alguma a ação pedagógica poderá ser entendida ou mesmo praticada sem ter como pano de fundo o cunho ideológico. É uma ciência que tem a capacidade de mudar a formação histórica, portanto não pode ser enxergada como um método neutro, mas sim como um engajamento ideológico do educador.
b) Como educador, o indivíduo não pode se manter neutro no processo educativo, mas sim norteado por suas escolhas ideológicas. Em seu papel, o educador se vê obrigado a escolher uma opção filosófica-política pela opressão ou libertação, escolher sua teoria de prática educacional, pela repetição ou criação de métodos de ensino que considere mais dinâmicos e finalmente optar pelo processo metodológico que o norteará sua didática, que não pode estar em desacordo com as opções feitas anteriormente.
c) A prática educacional não pode ser